Rodrigo Pacheco, União Brasil e a dança das cadeiras no governo.
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também é cotado para o STF. Mas sua possível indicação levanta outras questões: alianças políticas, governabilidade e a instabilidade dentro da base aliada.
Alcolumbre, União Brasil e articulações de bastidor
Pacheco é próximo de Davi Alcolumbre, senador do União Brasil e um dos principais articuladores políticos do Congresso. Essa relação o coloca no centro de uma engrenagem que já garantiu vitórias importantes para o governo — mas também cobrou caro por espaço.
O União Brasil, apesar de ocupar ministérios estratégicos, tem sido fonte de tensões internas. Ministros indicados pelo partido, como Juscelino Filho (Comunicações), enfrentaram crises públicas e ameaças de demissão. Outros nomes da legenda deixaram o governo, mesmo com Lula tentando manter a base unida.
Pacheco no STF: solução ou novo problema?
Indicar Pacheco ao STF poderia ser uma forma de agradar Alcolumbre e o União Brasil, garantindo apoio no Senado. Mas também levanta dúvidas: vale a pena premiar um grupo que tem gerado instabilidade?
Além disso, Pacheco é visto como um político hábil, mas não tem o mesmo grau de fidelidade pessoal a Lula que outros nomes cogitados. Sua atuação no Senado foi marcada por equilíbrio institucional, mas também por ambições próprias.
A escolha entre Messias e Pacheco, portanto, não é apenas jurídica. É um jogo de xadrez político, onde cada movimento pode redefinir alianças — e o futuro do governo.
“A indicação ao STF reacende os bastidores do poder, com Jorge Messias ganhando força entre os evangélicos e Rodrigo Pacheco articulando com o União Brasil — um cenário que exige inteligência política para entender os movimentos de Lula.”